PRECAUÇÃO – Conheça as formas de não reagir ao assalto com Jorge Lordello, especialista em segurança pública e privada, Formado
em Direito e delegado no Estado de São Paulo por mais de duas décadas, Jorge
Lordello, também conhecido como “Dr. Segurança”, publica em livros e ensina em
palestras como se prevenir de assaltos e a importância de não reagir.
Em
diferentes oportunidades, as pessoas tomam conhecimento de que não devem reagir
a assaltos. Por que mesmo assim a atitude ocorre?
Para você convencer alguém a mudar um hábito, tem que trazer
estatística e mais informação do que dizer simplesmente “não reaja”. Lancei meu
primeiro livro em 1999, chamado Como conviver com a violência, três anos antes
desse livro, fiz uma pesquisa criminal intensa para entender a cabeça de
vítimas e de marginais. Um dos meus focos foi a reação. Se você pegar os
números de assaltos ocorridos, registrados ou não, e verificar o percentual de
morte, vai ver que ele é muito pequeno, em torno de 0,08%. Ou seja, uma ínfima
parcela das pessoas assaltadas são mortas. Isso mostra que o assaltante não
quer matar, ele quer o bem material de alguém.
E
por que acaba matando?
Há algumas questões que influenciam esse resultado. Primeiro, a
vítima reage. Ou seja, 90% das pessoas que reagirem ao assalto à mão armada
acabam levando um tiro, se vai morrer ou não é uma questão de destino ou sorte.
O primeiro erro é da pessoa que quer reagir ao assaltante armado ou desarmado,
porque às vezes é o comparsa que está dando cobertura que está armado. Segundo,
são as vítimas que tentam fugir do crime. Por exemplo, o motociclista ou o
motorista do carro que acelera para fugir do assalto, ou o pedestre que quer
correr. Nesses casos, há uma tendência de o marginal fazer um disparo contra a
vítima. Terceira questão: a vítima que realiza um movimento brusco e dá uma
impressão ao marginal de que está reagindo. São posturas das vítimas que
consideramos inadequadas durante um assalto. Há ainda, na pequena parcela de
casos de morte, aquele marginal que não tem habilidade com arma de fogo e, sem
intenção, faz o disparo da arma de fogo ou se sentem irritados com a vítima e
acabam matando-a, que a menor das porcentagens.
A
reação ao ser assaltado seria um instinto da pessoa de proteger o patrimônio e
ou as pessoas?
Tem muita gente que está com o carro ou moto financiado, sem
seguro, e que na hora do assalto pensa no patrimônio e não na vida. Ela só vê o
dinheiro, não vê a integridade física. Tem também quem vê o parente sendo
assaltado e quer defendê-lo. Só que a pessoa não entende que está colocando em
risco muito maior os parentes e a própria vida.
COMO
PREVENIR ASSALTOS
– Na rua: evite
caminhar sozinho em lugares desertos e sem iluminação e procure não sair com
joias ou objetos que possam chamar a atenção do assaltante. Carregue sempre a
bolsa voltada para frente e, ao retornar para casa, observe se há alguma
movimentação suspeita nas proximidades.
– No carro: mantenha
os vidros fechados quando sair à noite ou parar em algum sinal. Não estacione
em lugares desertos ou com pouca iluminação, prefira estacionamentos vigiados.
Nunca deixe documentos, talões de cheque, cartões de crédito, dentro do carro.
Mesmo que seja uma parada rápida, sempre feche o veículo ao estacionar.
– Em bancos e caixas eletrônicos: quando
precisar de ajuda, dirija-se somente ao funcionário do banco. Em caso de saque,
procure estar sempre acompanhado e coloque o dinheiro em vários bolsos. Evite
abrir carteiras ou bolsas na frente de todo mundo e certifique-se de que não
está sendo seguido ao entrar na agência.
COMO
AGIR SE FOR ASSALTADO
– Mantenha-se calmo e fale mansamente: cabe
à vítima amenizar a tensão da ação. Quanto mais calma estiver, mais terá
condições de controlar a situação. O ladrão sempre está mais nervoso que a
própria vítima, porque sabe que pode ser preso e até mesmo morrer. Ele tem medo
de uma reação da vítima, de outra pessoa ou da chegada da polícia.
– Obedeça as ordens do ladrão e encurte
o tempo do crime: quando se atende as ordens do criminoso,
automaticamente se encurta o tempo do crime. Se começar a negociar a carteira,
o computador por causa dos dados que tem dentro, prolonga-se o período em
companhia do ladrão.
– Peça autorização para realizar
qualquer movimento: se vai destravar o cinto, pegar a
carteira, mexer na bolsa, por exemplo, pode dar a entender que está reagindo.
Procure mostrar as mãos e comunicar ao ladrão o que vai fazer.
– Carregue mais dinheiro e menos
cartões. Em um assalto, os criminosos querem dinheiro. Se
você tiver apenas cartões de crédito tem grande chances de ser vítima de um
sequestro-relâmpago. Se você tiver mais dinheiro e menos cartão, a tendência é
que ele libere a vítima rapidamente.
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