A Polícia Civil, por intermédio da
Superintendência de Investigação ao Narcotráfico (SENARC), efetuou a prisão em
flagrante delito de Gerson Gomes de Melo, acusado de exercício ilegal da
medicina, nesta terça-feira (23).
Com o falso médico, a polícia
apreendeu um veículo Honda Civic, provavelmente furto, placa OJB-5962
(clonada), um carimbo de autenticação médica no nome do acusado, duas
identidades falsas, uma pistola .40, um notebook, além de equipamentos
cirúrgicos.
No notebook, a polícia teria
encontrado vídeos com registros de cirurgias feitas pelo falso médico que já
chegou a ser condenado à prisão pela prática ilegal da medicina.
Quando foi preso na Paraíba, em 2006,
Gerson Gomes de Melo usava um diploma da Universidade Federal do Maranhão, mas
que havia cursado Medicina na Faculdade de San Ramon, em Cochabamba, na Bolívia,
e que faltava apenas uma disciplina para graduar-se.
O acusado utilizava o nome de Valdeci
Carvalho Lima para exercer ilegalmente a profissão de médico.
Gerson já foi preso em Mirador, Anajatuba, Paraíba, Manaus e Boa vista
exercendo ilegalmente à medicina.
Condenado pela Justiça Federal
em 2006 quando atuava na Paraíba
O falso médido Gerson Gomes de Melo
atuou no município de Catingueira, a 346 km de João Pessoa, e foi
condenado pelo juiz da 1º Vara Federal a cumprir pena de cinco anos e seis meses
de reclusão, e oito meses e sete dias de detenção, cumulado com 40 dias de
multa. A condenação baseou-se na denúncia apresentada pelo Ministério Público
Federal da Paraíba (MPF), em fevereiro de 2006, pela prática dos crimes de
exercício ilegal da medicina, falsificação de documento público, falsidade
ideológica e uso de documento falso.
A notícia crime contra o Gerson Gomes
de Melo foi formalizada pelo secretário de saúde do município de Catingueira,
Davi Nunes da Paz, que detectou a participação de um falso médico no Programa
Saúde da Família (PSF) daquela cidade. O sentenciado chegou a trabalhar por
dois meses no referido município.
O réu foi enquadrado nos artigos 282,
297, 299 e 304 do Código Penal, que tratam respectivamente de exercer ilegalmente
a profissão de médico; falsificar ou alterar documento público; omitir, em
documento público ou particular declaração de que ele deveria constar, ou nele
inserir declaração falsa; e fazer uso de papéis falsos ou alterados.
Além de se tratar de réu confesso, as
averiguações da Polícia Federal constataram que o diploma da Universidade
Federal do Maranhão, apresentado pelo culpado, era falso, assim como a carteira
de motorista dele; os dois registros de nascimento com nomes diferentes,
encontrados na residência do denunciado; a carteira do Conselho Regional de
Medicina (CRC) e os diversos documentos obtidos através do uso do registro.
Gerson Gomes de Melo disse que havia
saído do Maranhão por já responder pelo exercício ilegal da medicina, mas que
continuou a exercer a profissão em outros estados. Também alegou que havia
cursado medicina na Faculdade de San Ramon, em Cochabamba, na Bolívia, e que
faltava apenas uma disciplina para graduar-se.
Preso na cidade de Mirador em
setembro de 2011
Gerson Gomes de Melo foi preso na
cidade de Mirador, no Maranhão, em setembro de 2011. Ele chegou a ser
contratado pela prefeitura como médico. Um fato chamou atenção dos moradores da
cidade que fica a 501 km de São Luís: o médico não tinha carro e utilizava uma
bicicleta para se deslocar até o hospital da cidade.
Gerson foi preso na agência do Banco
do Brasil quando tentava abrir uma conta utilizando o nome de Afonso Henrique
Santos do Amaral que é cirurgião plástico com residência em Teresina.
Com ele, a Polícia apreendeu vários
cartões de crédito. No notebook de Gerson, a Polícia encontrou um arquivo com
anotações dos golpes que o falso médico aplicava.
Do blog do Gilberto Lima, / Edição - Barra Pesada
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